segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Pecado e a Nutrição


Há algum tempo, podemos constatar que o pecado tornou-se algo quase que ignorado pela sociedade. Talvez por ter perdido o significado, quem sabe por não existir para algumas pessoas ou até por ser proibido – o que nos foi ensinado desde a infância – despertou aquele desejo de praticá-lo com mais avidez.
Você, caro leitor, pode estar pensando: - Mas qual a relação de pecado com a Nutrição? Logo, logo você verá!
A melhor definição, para mim, de pecado é: errar (no hebraico e no grego comum) no sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão.
Todos procuramos viver a plenitude de nossa vida. Esse é o nosso alvo, nosso ideal. Tendo isso em vista, torna-se fácil identificar a Nutrição pecaminosa.
Quando buscamos o caminho mais cômodo, aquele que nos oferece “milagres” em cada esquina, que a todo momento a fórmula mágica de uma vida saudável aparece, tudo é muito acessível e executado nas sombras da escuridão, podemos identificar o pecado! Nesse momento erramos o alvo, o ideal.
Já dizia o apóstolo Paulo em uma de suas cartas: o salário do pecado é a morte. E, no âmbito da saúde, isso é quase que uma máxima. A morte de um ideal. A morte dos sonhos. Enfim, a morte nua e crua.
Ainda há uma esperança. Existe possibilidade de acertar o alvo em cheio. Erradicar o pecado não é uma tarefa para qualquer um, entretanto controla-lo está ao nosso alcance. Algumas gotas de suor não matam pelo que se sabe até hoje. Portanto vá à luta. O esforço para usufruir uma vida saudável não é nada comparado as grandiosas experiências, as alegrias e satisfações proporcionadas por um estilo de vida saudável.


Deixo então a pergunta: Vale a pena ser o santinho (a)?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

"Que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio"


Há milhares de anos nascia Hipócrates (460 - 377 a. C.). Era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde. Incontestavelmente um dos mais importantes homens da história da sáude, considerado "pai da medicina".
Dentre suas grandes obras e contribuições, destaca-se também a frase de abertura deste Blog: “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”.

Desde a antigüidade, a alimentação é ressaltada como um fator promotor de saúde. É impossível querer ter qualidade de vida, sem antes procurar encontrar um equilíbrio em nossa dieta. Parece-me importante destacar que o profissional totalmente capacitado e competente para proporcionar tal conquista, é o nutricionista. Hipócrates levantou a questão, porém não era de sua competência. Vemos que muitos tentam, até atrevem-se a expor alguns conhecimentos, mas sem sucesso.

A ciência da Nutrição existe há séculos. A história da Nutrição pode ser dividida em três fases:


Na primeira, chamada era naturalística (400 a.C. a 1750 d.C.), as pessoas tinham idéias muito vagas sobre os alimentos, surgindo vários tabus, poderes mágicos ou valor medicinal para os mesmos.

Entre 1750 e 1900 d.C, a nutrição passou pela era químico-analítica, iniciada pelo francês Antoine Lavoisier, considerado o "Pai da Nutrição", cujo trabalho, no século XVIII, abrangeu o estudo da respiração, da oxidação e da calorimetria, sempre relacionadas com a utilização da energia proveniente dos alimentos.

Por volta de 1900 até os dias atuais, inicia-se a era biológica, que visa determinar as relações entre os nutrientes, seus exatos papéis biológicos, e as necessidades dietéticas humanas. Até a metade do século XX, as pesquisas com alimentos tinham caráter, sobretudo curativo. Essa tendência começou a mudar a partir da Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos passou a se preocupar com a resistência e a rápida recuperação de seus feridos nos campos de batalha, preocupando-se com o aspecto preventivo. Esta preocupação continua, e verificamos ter a nutrição um importante papel na prevenção de doenças, como por exemplo, na prevenção das doenças cardiovasculares, onde os principais fatores de controle são: evitar o excesso de peso, evitar consumo de gorduras saturadas e trans; consumir fibras diariamente, entre outros.

Devemos dar honra a quem merece. Cada um tem seu espaço, seu valor, conquistados com luta, suor e lágrimas. Todos podem coexistir em harmonia, empenhando-se em prol do bem da sociedade. Afinal o conceito de saúde sobrepõe a ausência de enfermidades. A melhor definição, na minha visão, foi a proposta pela 8ª Conferência Nacional de Saúde em 1986: “A saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde". Nesta definição, você pode perceber a ênfase nas condições sociais para uma vida digna como condição para a saúde.
O principal objetivo deste Blog, dentre muitos outros, é levantar questões pertinentes aos nossos dias, a fim de proporcionar um maior esclarecimento no que tange a alimentação equilibrada e afins.
Nos próximos dias trataremos de questões atuais sobre a Nutrição, a relação entre homem e a alimentação, novas descobertas e evidências que afetam diretamente a qualidade de vida da sociedade como um todo.

Grato, Jordão Fraga.